16.2.10

O Carnaval


Não é que desgoste do carnaval, mas sinceramente já gostei mais.
O auge do meu entrudo foi entre os dez e os dezasseis anos, em que após descobrir as bombinhas de mau cheiro, os estalinhos e os balões de água, percebi que apesar de existir a frase 'é carnaval ninguém leva a mal' não é levada à letra pela maioría. Assim derrepente, lembro-me das inúmeras vezes em que ficámos trancados na sala de aula após mandar uma bomba de mau cheiro ou de quando me tocaram à campainha após acertar com um balão de água numa senhora muito bem parecida que ia a passar na rua.
Isto sim era o espírito de carnaval propicio à época em que o festejamos, longe dos sambas das miúdas de bikini, semi-nuas ou nuas. É que enquanto no Brasil são inteligentes e festejam esta época à maneira deles no verão, nós somos burros e festejamos também à maneira deles mas no inverno.
Podemos contradizer o que eu disse anteriormente indo buscar o exemplo do carnaval de Torres Vedras, apelidado de o 'mais português de Portugal', o que não tenho qualquer dúvida, bastando olhar para as suas duas imagens de marca: Cabeçudos e matrafonas! É onde muitos homens aproveitam o seu fetiche de um ano inteiro e saiem à rua vestidos de mulheres, ferindo a vista de quem gosta realmente do género feminino, aproveitam para se apalparem uns aos outros com o pretexto de que estão simplesmente a encarnar a personagem.
Recuando aos restantes carnavais que são festejados à moda do Brasil por este país fora, estou admirado por ainda nenhuma personagem que goste de se andar a abanar despida aom som da música brasileira em cima de um carro alegórico tenha feito uma petição para mudar o carnaval para Agosto. E será pior levar com um balão de água na cabeça ou uma tarde de sofrimento em que se estão a dançar quase despidas com cinco graus?!

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