20.2.10

Coincidência

Há poucos dias o Instituto Português do Sangue lançou o alerta de que as reservas de sangue no nosso país daríam para apenas mais dois dias, fazendo-se há cerca de uma semana um 'mega-rastreio' pelo nosso país.
Coincidência das coincidências, o sangue começou a faltar depois de estrearem as séries dos vampiros no canais de televisão. Será que as pessoas não podem ver nada?
Ps: Decidi homenagear através da imagem alusiva a este post os enormes desenhos animados do Conde Patrácula, com a companhia do 'Igorrrr'. Isto sim, era um vampiro com 'V' grande!

16.2.10

O Carnaval


Não é que desgoste do carnaval, mas sinceramente já gostei mais.
O auge do meu entrudo foi entre os dez e os dezasseis anos, em que após descobrir as bombinhas de mau cheiro, os estalinhos e os balões de água, percebi que apesar de existir a frase 'é carnaval ninguém leva a mal' não é levada à letra pela maioría. Assim derrepente, lembro-me das inúmeras vezes em que ficámos trancados na sala de aula após mandar uma bomba de mau cheiro ou de quando me tocaram à campainha após acertar com um balão de água numa senhora muito bem parecida que ia a passar na rua.
Isto sim era o espírito de carnaval propicio à época em que o festejamos, longe dos sambas das miúdas de bikini, semi-nuas ou nuas. É que enquanto no Brasil são inteligentes e festejam esta época à maneira deles no verão, nós somos burros e festejamos também à maneira deles mas no inverno.
Podemos contradizer o que eu disse anteriormente indo buscar o exemplo do carnaval de Torres Vedras, apelidado de o 'mais português de Portugal', o que não tenho qualquer dúvida, bastando olhar para as suas duas imagens de marca: Cabeçudos e matrafonas! É onde muitos homens aproveitam o seu fetiche de um ano inteiro e saiem à rua vestidos de mulheres, ferindo a vista de quem gosta realmente do género feminino, aproveitam para se apalparem uns aos outros com o pretexto de que estão simplesmente a encarnar a personagem.
Recuando aos restantes carnavais que são festejados à moda do Brasil por este país fora, estou admirado por ainda nenhuma personagem que goste de se andar a abanar despida aom som da música brasileira em cima de um carro alegórico tenha feito uma petição para mudar o carnaval para Agosto. E será pior levar com um balão de água na cabeça ou uma tarde de sofrimento em que se estão a dançar quase despidas com cinco graus?!

2.2.10

Mapa Metro


Serei o único a reparar que quase a totalidade das pessoas que viajam de metropolitano ficam a olhar fixamente para o mapa que está por cima da porta?
Não acho estranho que muitas pessoas, tal como eu, quase viciadas no conforto da sua viatura e pouco habituadas a andar de metro o façam, mas qual o objectivo de quem viaja diariamente neste meio de transporte ao fazê-lo? O que esperam essas pessoas cada vez que olham para o mapa?
Eu, por exemplo, fiz a linha azul quase de uma ponta à outra e olhei várias vezes para fazer o cálculo do tempo que demoraría a chegar ao meu destino - 'Portanto, se fiz quatro estações em cinco minutos, vou demorar quinze minutos a fazer onze estações' (sim, sou uma excelência a matemática) - sendo isso uma explicação plausível para olhar para lá de dois em dois minutos. Mas quem viaja todos os dias, fazendo o seu trajecto casa-trabalho-casa, não sabe a conta de quanto tempo irá demorar de cór e salteado? Ou está na esperança que o metro apanhe trânsito, tenha um furo no pneu ou não consiga arranjar um lugar para estacionar? Será que quem olha diariamente para o mapa acredita que de um dia para o outro possam aparecer estações novas por obra do espiríto santo? Ou que as estações possam mudar de sitio? Ou estarão com medo que a senhora com voz caracteristica - que diz 'próxima estação: Rossio' - se engane no nome da estação e estão alí prontos a corrigi-la?
Além dos que olham para o mapa, existem ainda aquelas pessoas que vão de olhos fechados, com a cabeça apoiada no punho, colados ao vidro e a baberem-se pelo canto da boca. Quem pensa que elas estão a dormir está redondamente enganado! Elas vão a fazer um jogo de suspense em que se mantêm de olhos fechados para não caírem na tentação de olhar para o mapa e esperar que a tal voz caracteristica anuncie qual será a próxima paragem. Assim, correm o permanente risco de serem surpreendidos caso a senhora não fale por algum problema de ordem técnica, além de disfrutarem da sua voz, imaginando-a numa cara jovem e bonita.
Por falar nessa senhora, tenho impressão que sempre que ando neste meio de transporte ela viaja no mesmo metro que eu. A voz é sempre a mesma! Um dia faço um texto mais detalhado a abordar este tema, assim como acerca daquelas pessoas que aproveitam o reflexo do espelho para olharem para os outros sem dar nas vistas.

Gostaría apenas de alertar, para o caso de este blog ser visitado por algum assiduo espectador do mapa do metro, que a imagem tem um erro, pois a linha vermelha foi alargada até S. Sebastião e a azul até Sta. Apolónia.
Para os mais cépticos, parece que apareceram mesmo coisas novas no mapa, portanto vale a pena continuarem a olhar.